BERNARD SHAW
MEU JEITO DE BRINCAR É DIZER A VERDADE
Nascido em 26 de julho de 1856, Bernard Shaw (que detestava seu prenome George) foi jornalista, romancista, crítico de música, crítico teatral, defensor dos direitos das mulheres, ensaísta, criador de casos, inventor do livro em brochura, militante socialista, vegetariano, polemista e dramaturgo. Foi membro da Sociedade Fabiana, incrementou a ação do Partido Trabalhista inglês e fundou a London School of Economics, até hoje um dos mais prestigiados centros de ensino do mundo.
Avesso às honrarias públicas, ironicamente foi ganhador do Nobel de Literatura (1925, por Santa Joana) e do Oscar de melhor roteiro por Pigmalião (1938), feito repetido apenas por Bob Dylan. Aceitou o Nobel por insistência de sua esposa e destinou parte da quantia recebida para a tradução e a difusão das obras do dramaturgo sueco August Strindberg.
Contemporâneo de uma brilhante geração de escritores irlandeses, em suas mais de 60 peças – que cobrem o período de 4.004 A.C. até 31.920 D.C. – passou pelo Império Romano, cortiços suburbanos, direitos da mulher, Revolução Francesa, prostituição, pacifismo, mitos gregos atualizados, indústria bélica e tudo mais que alimentasse seu inesgotável desejo por desvendar a vida, derrubando os véus da hipocrisia social. Shaw faleceu aos 94 anos, devido a problemas renais decorrentes de uma queda enquanto podava uma árvore. Conforme o desejo do autor, suas cinzas foram misturadas às de Charlotte, sua esposa, e espalhadas pelo jardim de sua casa, aos pés de uma estátua de Santa Joana.